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Empresas indianas estão chegando ao mercado brasileiro

Guarulhos, 04 de novembro de 2003

Os empresários indianos estão descobrindo o Brasil e vão intensificar o comércio entre os dois países que no ano passado movimentou cerca de U$S 1,2 bilhão.

De acordo com o assessor comercial do consulado indiano, Márcio Faveri, o Brasil poderá também dar um salto naquele mercado.

“São 300 milhões de pessoas na classe média indiana que estão descobrindo os produtos brasileiros”, disse.

O assessor disse que o governo brasileiro também está interessado em se aproximar do mercado indiano e em janeiro selará a relação com a ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país, ainda sem data confirmada.

Os sinais do interesse indiano poderão ser constatados na feira Índia Tech 2003 – Feira Indiana de Produtos Industriais, Máquinas e Equipamentos, que irá reunir 83 empresas daquele país de 11 a 14 de novembro em São Paulo.

Ao mesmo tempo, um dos principais grupos econômicos do país, Reliance Industries, que atua nos setores petroquímicos, têxtil, telefonia, entre outros, anunciou que começa a operar no Brasil a partir de 2004.

“No início eles vão atuar junto com a empresa de importação e exportação brasileira Comexport, na área de petroquímica, mas os planos são de se instalar aqui (…) O Brasil é uma porta para o Mercosul”, disse o assessor.

Inicialmente, a Reliance terá um escritório voltado à importação de embalagens de plástico descartáveis. O próximo passo será estabelecer uma joint-venture com uma indústria brasileira para produzir aqui esses e outros insumos, informou o assessor.

Faveri contou que nos últimos três anos o número de vistos para executivos brasileiros com destino à Índia aumentou 10 vezes. A expectativa é aproveitar o “boom” da economia indiana, que deve ter crescimento este ano de 7 por cento no seu PIB. No ano passado, o PIB subiu 4 por cento.

No sentido inverso, os empresários indianos estão descobrindo mais afinidades do que imaginavam com o mercado brasileiro e querem mostrar isso na feira de negócios. Estarão presentes indústrias das áreas de autopeças, máquinas agrícolas, processadores de alimentos para indústrias e ferramentas, entre outras.