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Balanço mostra cenário negativo das 500 maiores empresas do país

Guarulhos, 20 de agosto de 2003

Apenas 1999, o ano da desvalorização cambial, foi pior. Das três décadas em que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) elabora o ranking das “500 maiores empresas do Brasil”, 2002 foi o segundo pior da série. Houve queda real de 3,6% na receita operacional e nada menos que 214 empresas fecharam o ano no vermelho. O lucro líquido de R$ 23,6 bilhões em 2001 transformou-se em prejuízo de R$ 12,5 bilhões.

A margem líquida de lucro caiu (de 2,49% para 1,41%), a rentabilidade despencou (2,76%, contra 5,77% em 2001) e o grau de endividamento bateu recorde. As empresas estão devendo quase uma vez e meia (1,46) seu patrimônio, o nível mais alto desde 1970. “Não chega a ser uma desgraça, mas para uma economia emergente é um nível perigoso de endividamento. Gera uma certa asfixia em termos financeiro, especialmente tendo demanda em queda e os juros muito altos”, diz o economista Aloisio Campelo Jr., responsável pela pesquisa.