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Afinal de quem é a culpa? A eterna queda de braço

Guarulhos, 19 de agosto de 2003

Um problema interessante que ocorre no dia-a-dia das organizações, qualquer que seja o ramo, porte, localização ou situação financeira, são as questões ligadas a relacionamento entre as pessoas, mais especificamente relacionadas as expectativas entre patrões e funcionários, lideres e colaboradores ou como queira chamar em relação ao que se espera dentro do ambiente de trabalho de cada uma das pessoas.

Em geral, os patrões, gerentes ou responsáveis reclamam que os funcionários não fazem o que deveria ser feito, ou que só fazem quando se pede ou manda, ou ainda que deveria existir maior proatividade por parte dos funcionários e assim por diante, ou seja, reclamam de problemas relacionados a qualidade dos serviços prestados e a forma como é prestado.

As reclamações mais comuns são incompetência, falta de iniciativa, falta de comprometimento, visão de curto prazo, apatia, pessoas que só fazem intriga ou são rádio-peão (aquele que é o centro de notícias, principalmente pejorativa), resistentes à mudanças, acomodados, pouco produtivos e sem visão do negócio e a importância que o cliente representa entre dezenas de outras insatisfações expressas pelos contratantes.

Este clima pesado provoca discussões, má vontade de ambas as partes, falta de cuidados com os consumidores, disputas por espaço e poder, intrigas, fofocas e tantas outras conseqüências de relacionamentos deteriorados ou em deteriorização, e o resultado final é a perda de competitividade, ou um ambiente de trabalho carregado e hostil, ou pior, a insatisfação dos consumidores que não estão alheios aos problemas da organização, sentem no ar o clima de desordem e desarmonia.

Mas qual a solução ou possíveis soluções para este problema?

A primeira alternativa – a qual deve ser utilizada apenas em último caso – é a demissão, a segunda alternativa é treinar as pessoas, uma terceira forma é buscar o diálogo e a abertura, e seguem diversas outras formas de resolver o problema. Com certeza cada um tem sua própria lista de ações e argumentos que a acreditam serem as mais corretas.

Mas, surgem alguns questionamentos:

As pessoas que trabalham com você sabem o que se espera delas?

Alguém lhes disse qual a maneira que a empresa trabalha?

Qual a importância do consumidor?

O que o mantém no cargo ou o que lhe pode custar o cargo?

Será que cada um na sua organização, no momento da contratação, teve uma pessoa ou manual que lhe informasse de que forma se espera que as coisas aconteçam?

Antes de atirar pedras reflita a respeito de sua parcela de importância nos problemas que hoje enfrenta, pense a respeito de qual a melhor maneira de engajar as pessoas a sua volta, e como esta seleção mais refinada e por conseqüência a contratação de um profissional que tem todos os parâmetros definidos pode facilitar sua vida e a vida de sua empresa.

Mas, nem tudo está perdido. Soluções existem para aqueles que procuram os meios de agir e reagir aos fatos por mais inusitados que sejam, sendo muitas vezes possível prever futuras fontes de problemas, basta que se aceite o fato de as adversidades existirem para serem vencidas e não para se sentar e reclamar da vida, do funcionário, da sorte, do governo ou de qualquer outra coisa. Reclamar qualquer um reclama, resolver ou buscar soluções fica reservado somente àqueles que sabem como fazer a diferença.

Fábio Luciano Violin
E-mail para contato: flviolin@terra.com.br