Fraudes atingiram 47% das empresas em 2002
A Ernst & Young acaba de divulgar uma pesquisa global sobre fraude corporativa. Para o levantamento foram entrevistados os principais executivos de cem organizações mundiais em sete principais setores da indústria. A análise aponta que 47% delas foram afetadas por fraude em 2002 e em 13% dos casos o prejuízo foi superior a US$ 1 milhão. O estudo indica que fraudes não estão confinadas em um tipo de região e indústria em particular ou que têm relação com o tamanho da empresa. No entanto, foram detectadas mais fraudes em regiões pouco desenvolvidas, como África, e menos em regiões como a Europa.
José Carlos Costa Pinto, sócio da E&Y no Brasil, disse que a pesquisa é realizada de dois em dois anos e que na última houve um aumento na porcentagem de empresas que recuperaram as perdas financeiras. “Em 2000, 29% delas haviam revisto as perdas e no ano passado, 51% atingiram o feito”, disse. O estudo também revela que subiu de 33% para 50% o número de organizações que possuem estratégias para lidar com fraudes. Cerca de 50% dessa recuperação foi, no entanto, proveniente de seguros, bancos e fornecedores, enquanto a recuperação por meio das pessoas protestadas manteve-se baixa numa porcentagem de 25%.
As ações contra as fraudes definidas pelas empresas incluem códigos de conduta, códigos de governança, planos de responsabilidade e políticas antifraude. Costa Pinto afirma que fica evidente que as organizações têm dado ênfase no treinamento de pessoal nessas políticas. Cerca de 60% informaram treinaram seu pessoal, o dobro da porcentagem registrada há dois anos.
