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Brasil já deve buscar contato comercial com Iraque

Guarulhos, 08 de maio de 2003

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, defendeu que o Brasil já comece a estabelecer contatos comerciais com o Iraque. “Quais seriam os motivos para não ter representação brasileira no Iraque?”, questionou o ministro, que esteve em Genebra para reuniões na Organização Mundial do Comércio, OMC.

Furlan disse que vai apresentar sua proposta ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Estou até pensando em liderar uma missão (comercial) para a região. Não somos pagos para ficarmos parados”, afirmou. Segundo ele, a viagem poderia ocorrer depois de sua ida ao encontro da OMC no Egito, em junho.

O ministro disse que há dois anos duas missões brasileiras foram até Bagdá. “A missão entrou pela Jordânia e de lá atravessou a fronteira com o Iraque”.

Reconstrução – Furlan também voltou a defender a participação do Brasil na reconstrução do Iraque. Segundo ele, as empresas brasileiras participariam da reconstrução ao serem subcontratadas pelas companhias norte-americanas e inglesas que ficarão com os contratos de reconstrução. “Tem que haver pragmatismo. A invasão do Iraque é um fato e a reconstrução é uma promessa. O Brasil, portanto, quer participar (da reconstrução), pois tem know-how e capacitação”, afirmou.

Apesar de não revelar se alguma empresa nacional já mostrou interesse pelo Iraque, Furlan disse que “as empresas se mexem mais rápido do que o governo”. O ministro disse acreditar que a participação do Brasil deveria ocorrer mesmo que a reconstrução não seja liderada pela ONU.