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Resultados ruins dos EUA devem afetar Brasil

Guarulhos, 24 de fevereiro de 2003

O presidente do Conselho de Administração da Câmara Americana de Comércio (Amcham-SP), Sérgio Haberfeld, disse que os indicadores macroeconômicos da economia norte-americana anunciados na sexta-feira, 21, -1,6% de inflação em janeiro, US$ 435,2 de déficit comercial em 2002 e um crescimento para mais de 400 mil pedidos de auxílio-desemprego também em janeiro – deverão afetar o Brasil – e, de resto, a economia de todo o mundo. “Quando os Estados Unidos pegam resfriado, nós pegamos pneumonia”, disse Haberfeld.

Haberfeld, também presidente do Conselho de Administração da Dixie Toga, afirmou que esses resultados negativos da economia norte-americana não assustam. “Tudo é questão de equacionar. Quem trabalha desde 1965 como eu já viu coisas muito mais desastrosas, razão pela qual nada mais impressiona”, disse. De acordo com ele, a curto prazo, o Brasil deverá sofrer um impacto desses resultados negativos da economia norte-americana, razão pela qual ele considera este ano praticamente perdido. Mas a médio prazo, acrescentou Haberfeld, a economia brasileira vai retomar o crescimento. “Pela primeira vez estamos vendo um direcionamento correto no País, onde a vontade de promover as reformas (tributária e da Previdência) é gigantesca.”

Durante o seu discurso para mais de 300 empresários ligados à Câmara, Haberfeld não poupou palavras para fazer declarações de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, o Brasil vive com este governo o momento certo para atingir o desenvolvimento.

Vladimir Goitia