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Livrarias diversificam e dobram faturamento

Guarulhos, 06 de fevereiro de 2003

Nem só de livros sobrevive uma livraria. As grandes redes do setor estão apostando na diversificação dos seus produtos e serviços, como venda de CDs e atividades interativas, para atrair mais clientes e fidelizá-los à loja. Essa estratégia, utilizada cada vez mais nos últimos três anos, gerou um acréscimo de até 50% no faturamento total das livrarias, elevando na mesma proporção seu público consumidor.

“Essa é uma tendência do setor, que vai continuar nos próximos anos”, afirma Eduardo Yasuda, presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL). O objetivo é oferecer cada vez mais novos produtos ao consumidor para que ele não saia da loja de mãos vazias. Hoje, é comum entrar numa livraria, do porte de uma megastore, deparar-se com um espaço de mil m² e ter, adicionalmente a livros, opções de CDs, DVDs, revistas, material escolar, brinquedos educativos e acessórios para escritório. Além de contar com espaços infantis com contadores de histórias, palhaços, mágicos ou até mesmo um grupo musical.

Segundo a ANL, existem um pouco mais de 2 mil livrarias no país, das quais 38% estão no Estado de São Paulo. Elas movimentaram, em 2002, cerca de R$ 1,1 bilhão, e esperam crescer mais 3%, esse ano. “É um mercado estável, sem possibilidades de quedas bruscas”, diz Yasuda. “A grande mudança no setor foi de fato a diversificação de produtos, que valorizou mais as livrarias nacionais”, afirma.

Analisa Spaggiari