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BC eleva projeção do aumento de energia

Guarulhos, 26 de dezembro de 2002

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou para 30,3% sua projeção para o reajuste das tarifas de energia elétrica em 2003. Essa última estimativa de reajuste para as tarifas de energia elétrica supera em 3,3 pontos porcentuais da estimativa feita pelo próprio Copom em novembro. O aumento é resultado da revisão das expectativas acerca do IGP-M, que é um importante componente no reajuste dessas tarifas, justificam os diretores do BC. Não houve alteração com relação a projeção para o reajuste dessas tarifas em 2002.

O Copom também aumentou suas projeções para a inflação dos chamados preços administrados em 2002 e 2003. De acordo com a ata da última reunião do Comitê, os preços administrados por contrato ou monitorados deverão ter sofrer um reajuste em 2002 de 15,4% e de 13,04% em 2003.

Em relação às projeções feitas pelo próprio Copom em novembro, houve uma elevação de 2 pontos porcentuais para 2002 e de 0,9 ponto porcentual para 2003. Os diretores do BC também projetaram uma inflação de 7,6% para esses preços em 2004. Essa estimativa foi feita supondo que todos esses itens seguirão os reajustes do IGP-M para aquele ano.

Para a gasolina e o gás de cozinha, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central trouxe novas projeções mais benéficas para o consumidor brasileiro. Para o gás de cozinha, a nova estimativa do Copom é de um reajuste de 2% em 2003. Em novembro essa projeção era de um aumento de 6%. No caso da gasolina, o Comitê acredita que o preço deverá sofrer uma queda de 3,8% ao longo de 2003 e não mais de apenas 1,5% como projetado em novembro.

Os diretores do BC ressaltam, entretanto, que essas projeções para o preço da gasolina e do gás de cozinha, foram feitas com base nos valores atuais da Cide-Combustíveis. A Câmara dos Deputados aprovou este mês uma autorização para que a Cide para a gasolina passe de R$ 0,50 para R$ 0,86 por litro.

Para o GLP – que reflete diretamente sobre o preço dos gás de cozinha – a decisão da Câmara permite um aumento de R$ 136,70 por tonelada para R$ 250,00 por tonelada. “O cenário básico não embute esses reajustes, cujo impacto direto sobre o IPCA seria da ordem de 1 ponto porcentual”, explicam os diretores do BC na ata do Copom.

Renato Andrade e Gustavo Freire