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Transferência de dinheiro fica mais barata

Guarulhos, 11 de dezembro de 2002

arteA Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), é mais uma novidade trazida pelo novo Sistema de Pagamentos Brasileiro. Criada pelos bancos, a CIP vai facilitar o controle de fluxo de dinheiro pelos bancos e deve reduzir o custo operacional para as instituições.

A nova câmara pode baratear o custo da TED (Transferência Eletrônica Disponível), que hoje custa o mesmo valor de um DOC, que envolve transferência física do documento.

Hoje, todos os pagamentos, via TED transitam pelo Sistema de Transferência de Reserva (STR), do Banco Central. Quando um banco envia um pagamento para outro, o valor efetivamente transita da conta de uma instituição para outra.

Mais simples e mais baratas

A CIP vem para simplificar essa transação. Ela verifica se o banco emitente tem algo a receber do receptor e transfere apenas o saldo. Ou seja, se o “Banco A” tem que enviar R$ 100 mil para o “Banco B”, e este, por sua vez, tem R$ 60 mil para mandar para o primeiro, a CIP liquida a operação e transfere apenas a diferença de R$ 40 mil para o credor.

Desta forma, os bancos precisam dispor de menos recursos para garantir as transações, e podem destinar o dinheiro para aplicações financeiras.

O consultor Altair Assis, acredita que a redução de custos só vai ocorrer no médio prazo, porque a migração para a nova câmara será gradativa: “No curto prazo os bancos terão que monitorar os dois sistemas, mas depois o preço deve cair, porque a garantia depositada é menor”.

Paulo Malmann, presidente da CIP, diz que, no início, haverá 1,5 mil transações diárias, volume próximo do que circulou nos primeiros dias de STR. A partir de janeiro, o número deve crescer e chegar, em fevereiro, a 70 mil TEDs enviadas diariamente pelo sistema.

Fernando Torres