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FMI elogia política econômica do Brasil

Guarulhos, 25 de novembro de 2002

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elogiou o Brasil por manter as condições do organismo para a estabilidade da economia, mas disse que as propostas financeiras e de reestruturação da Argentina ainda não são satisfatórias.

“Se o Brasil mantiver as políticas macroeconômicas do programa, continuará em boa forma”, disse a vice-diretora-gerente do Fundo, Anne Krueger. “As coisas vão voltar ao normal gradualmente se as pessoas perceberem que o novo governo irá manter as políticas macroeconômicas.”

Com a Argentina, no entanto, Krueger afirmou que o FMI não obteve nenhum acordo de ajuda financeira. “Até o momento, ainda não chegamos a um acordo com as autoridades argentinas.”

Ela também disse que o FMI quer mais medidas para estimular o crescimento na Europa e no Japão, mas que as perspectivas para a economia global não são tão ruins quanto algumas pessoas acreditam.

Krueger afirmou que a recuperação dos Estados Unidos não é “tão forte quanto as pessoas esperavam” e que as perspectivas para a Europa se deterioravam quase que mensalmente.

A vice-diretora mostrou-se, contudo, otimista sobre alguns países industrializados menores, como Canadá e Austrália, e países emergentes, como China, Índia, Rússia e Ucrânia.

“Continuo dizendo que a economia mundial não está tão ruim como se pensa”, disse Krueger, que está em Nova Délhi para a reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20.

O G20 é formado por Argentina, Brasil, Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coréia do Sul, Turquia, Grã-Bretanha, Estados Unidos e União Européia.