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Abracheque quer novo sistema de compensação

Guarulhos, 08 de novembro de 2002

arteA Associação Brasileira das Empresas de Informação, Verificação e Garantia de Cheques (Abracheque) quer inaugurar um novo sistema de compensação de cheques. Em vez do cheque ser enviado para o emitente, seria feita uma leitura eletrônica do papel na própria loja. O ponta-pé para a conversão eletrônica do cheque no ponto-de-venda já foi dado pelo Banco Central. A Circular 3118, de abril deste ano, autoriza a truncagem de cheques entre instituições bancárias que operam com conta corrente e que tenham acordo bilateral para esse tipo de relacionamento.

De acordo com o presidente da Abracheque, Carlos Pastor, a medida reduziria os custos operacionais de uma compensação normal em até 80%. Gastos com armazenamento de cheques e envio das folhas por malote para o Banco Central já não existiriam mais. As operações seriam mais rápidas e a possibilidade de verificar os inadimplentes também. Os lojistas, no entanto, teriam de arcar com os custos de instalação do aparelho nos estabelecimentos.

Segundo Pastor, os Estados Unidos já adotaram esta medida com muito sucesso. De acordo com ele, a compensação de cheques naquele país representa atualmente 37% das transações, contra 19% dos cartões. No Brasil, mais de 7 milhões de estabelecimentos aceitam cheques, sendo que apenas 22% da população tem conta em banco. Segundo Pastor, para que 100% das transações ocorram por meios eletrônicos de pagamento é preciso preciso um trabalho cultural no mercado varejista e, principalmente, junto ao consumidor, que por insegurança ou falta de costume não acreditam nos meios eletrônicos.

A conversão eletrônica do cheque no ponto de venda é o tema que será discutido no 1º Fórum de Conversão Eletrônica de Cheques, Truncagem e Meios de Pagamento, que acontecerá em São Paulo nos dias 11 e 12 de novembro.