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Uniforme compõe visual da loja

Guarulhos, 24 de outubro de 2002

arteEntre as diferentes maneiras para criar um ambiente agradável e compatível com o público-alvo no interior da loja, adotar um uniforme para os funcionários é uma opção. A roupa padronizada é um dos itens que compõem a identidade visual da loja, assim como vitrine e embalagem dos produtos. Desse modo, o uniforme deve incluir do calçado à maquiagem das vendedoras, além de evitar os exageros.

– Quando os vendedores estão bem vestidas, o cliente elogia a loja como um todo. Geralmente, os consumidores comentam o visual- afirma o consultor do Centro de Estudos do Varejo (CEV), Luiz Freitas. Para ele, o uniforme cria um padrão de apresentação do estabelecimento. Já o consultor Alexandre Aquino acredita que o uso do uniforme cria uma imagem mais formal da loja, que não se adequa a determinados públicos, como o adolescente, que gosta de transgredir e não aprova o padrão.

Uma vez que o uniforme assume o papel de identidade visual da loja, as cores e o modelo da roupa devem ser compatíveis com o objetivo do estabelecimento. Por exemplo, uma loja voltada ao público infantil deve adotar uniforme com cores alegres, como o laranja ou amarelo; já uma loja especializada em vestuário de surfe deve utilizar como uniforme bermuda e camiseta. Outra vantagem ao usar o uniforme é a economia para o funcionário, que não precisa preocupar-se com a roupa que deve vestir no ambiente de trabalho.

A desvantagem em adotar o uniforme, segundo Aquino, é o cliente chegar em uma loja e ver todas as pessoas vestidas da mesma forma, o que pode provocar a imagem de uma loja sem criatividade. Como forma de superar este obstáculo, Aquino recomenda que, uma vez por semana, os funcionários utilizem as roupas da loja a fim de variar o visual e de promover a coleção.

Se o lojista opta por utilizar as próprias roupas da loja como uniforme, ele deve estar atento ao estilo de roupa que o funcionário está vestindo. Uma peça muito cara é considerada patrimônio da loja e não pode ser desgastada pelo funcionário. “O cliente, ao comprar uma peça cara, pretende ter exclusividade e por isso não vai querer uma roupa que a vendedora estava usando”, explica Aquino.

Muitas lojas incluem o crachá como parte do uniforme. Na visão de Freitas, esta identificação é fundamental e deve conter uma foto e o nome do funcionário. Já Aquino acredita que o crachá não deve fazer parte do uniforme de lojas especializadas em moda. “O crachá passa a imagem de um ambiente formal e este não é o objetivo de lojas de moda”, diz Aquino.

Jana Taback