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Crédito não afeta comércio exterior

Guarulhos, 19 de setembro de 2002

A diretora do Departamento de Planejamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), Lília Miranda, acredita que a redução das linhas de crédito para exportações no mercado nos últimos meses não deve afetar o resultado da balança comercial este ano. Ela ressaltou que as empresas usaram recursos próprios para realizarem as exportações porque o câmbio estava favorecendo as vendas externas.

“As exportações não caíram e mesmo a contratação de câmbio (ACC), de acordo com os números do Banco Central, não caiu tanto”, argumentou. Miranda não compartilha da preocupação dos técnicos do Ministério da Fazenda, que avaliam que o reflexo da falta de recursos para financiamento se dará no último trimestre.

A Secex está reavaliando a meta de superávit primário para este ano. Oficialmente, a previsão anunciada pelo ministro Sérgio Amaral é de US$ 7 bilhões. Os técnicos evitam falar em números, mas admitem que o saldo este ano deve ficar em torno de US$ 8 bilhões. O resultado deve ser sustentado pelo aumento das exportações.

A previsão de importações para este ano, de US$ 49 bilhões, não deve sofrer alteração significativa. Além do câmbio alto e do desaquecimento da demanda, que inibem as compras externas, técnicos do governo acreditam que as empresas devem ser mais conservadoras este ano, em razão das eleições.