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Montadoras buscam IPI único

Guarulhos, 30 de agosto de 2002

Um mês depois da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados nos carros não populares, representantes de uma parte da indústria ainda não deixaram os gabinetes de Brasília. A expectativa agora é pela unificação do IPI, idéia que já ganhou o apoio público do secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. Estudo do Departamento de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) mostra que isso poderá acarretar perda de vendas, arrecadação e empregos.

O presidente da General Motors, Walter Wieland recentemente disse que, apesar das vantagens da redução do impostos para os carros médios, ele é favorável à criação de uma alíquota única para todos os carros fabricados no país.

“O ideal seria um IPI único, mas ainda estamos digerindo a redução do imposto nos modelos com motores acima de 1.0 litro”, disse também o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Ricardo Carvalho, poucos dias depois das mudanças no imposto.

No último dia 9, Everardo Maciel, defendeu publicamente a implantação de uma alíquota única sob o argumento que o sistema atual, com três alíquotas, “estimula a produção de carros com motor 1.0, que não são facilmente exportados”. “A estrutura do IPI pune o avanço tecnológico. A idéia era ter uma alíquota única, mas isso envolveria muitas turbulências oncorrenciais ” , afirmou Maciel.