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Bancos oferecem novo produto para quem está temeroso

Guarulhos, 07 de junho de 2002

Diante dos ajustes na forma de contabilização dos fundos DI e de renda fixa, que acabaram levando alguns fundos de investimento a registrar perdas em maio, muitos investidores se perguntam o que fazer. Afinal, pagando juros de cerca 16,5% ao ano, os fundos DI e de renda fixa eram, até então, sinônimo de segurança e boa rentabilidade.

Nossa recomendação continua sendo contra mudanças abruptas na forma de investir dinheiro, até porque existem poucas alternativas de investimento que combinam baixo risco com boa rentabilidade. Entretanto, se você está buscando formas alternativas de diversificar a forma como aplica seu dinheiro, e busca uma combinação de segurança e baixo risco, vai se interessar em saber que alguns bancos estão oferecendo um novo tipo de investimento, chamado Box pré-fixado, que atende estas necessidades. Contudo, o investimento não é para todos, uma vez que as aplicações mínimas em geral são de pelo menos R$ 100mil.

Rentabilidade é pré-fixada e garantida pelo banco

O novo investimento pode trazer mais tranqüilidade ao investidor, pois terá uma rentabilidade estipulada no momento da aplicação e garantida pelo banco, semelhante ao que acontece nas aplicações pré-fixadas em renda fixa. Além disso, a única possibilidade de o investidor ter qualquer problema em reaver o dinheiro aplicado seria se instituição financeira quebrasse, não podendo assim arcar com seus correntistas e investidores.

Logo, é necessário escolher bancos que apresentem um excelente histórico de credibilidade e segurança, e não deixar iludir-se pela imagem que a instituição financeira procura passar.

Não há cobrança de CPMF nem taxa de administração

Diferentemente dos CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), que também podem estipular taxas pré-fixadas, não haverá cobrança de CPMF (Contribuição sobre Movimentação Financeira) a cada renovação da aplicação. Além disso, não será cobrada do cliente a taxa de administração recolhida nas aplicações em fundos de investimento. O único tributo a ser recolhido será o Imposto de Renda, que corresponderá a 20% dos ganhos obtidos com a aplicação.

Alguns bancos estão oferecendo rentabilidade de 1,13% ao mês para este tipo de investimento, já descontado o imposto de renda. Com isso, o acumulado em um ano pode atingir cerca de 16,5%, considerado bom rendimento frente à taxa de juros básica da economia brasileira, que atualmente estão em 18,5% ao ano.

Aplicação mínima será de R$ 100 mil

O funcionamento da aplicação consiste na compra e venda de dólar futuro, negociado na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), pelo gestor visando arbitrar os vencimentos, ou seja, negociando diversos vencimentos para encontrar distorções entre eles e, conseqüentemente, atingir lucro na operação.

Porém, o dólar futuro, que corresponde à expectativa do mercado para o vencimento do título, custa mil vezes o valor do dólar comercial por contrato. Assim, um lote do vencimento mais curto equivale hoje à cerca de R$ 2.600.

Além disso, o lote mínimo em que as operações costumam ser feitas é de dez contratos, elevando assim o montante mínimo da aplicação para R$ 26 mil neste exemplo. Como o gestor terá que negociar muito mais que dez lotes para garantir o retorno da aplicação, os bancos estipularam o valor mínimo da aplicação em R$ 100mil.