Gás de botijão terá aumento médio de 9,2%

Os preços do gás liquefeito de petróleo (GLP) serão reajustados em 9,2% a partir de sábado, informou nesta terça-feira a Petrobras. De acordo com a estatal, o aumento visa a “realinhar” os preços do GLP com a alta de 6,7% das cotações dos derivados no mercado internacional e de 4,7% na taxa de câmbio desde o último reajuste, que ocorreu 60 dias atrás.

Ainda assim, de acordo com a Petrobras, o aumento ficou abaixo das oscilações desses custos porque alguns itens que fazem parte da formação de preços mantiveram-se inalterados no período.

A participação da Petrobras no preço do botijão de 13 kg , depois do reajuste, será de R$ 8,449, tendo como base os valores praticados na Grande São Paulo.

Impacto na inflação – A decisão da empresa deverá ter um impacto de 0,14 ponto percentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, de acordo com estimativas do departamento econômico do Citibank.

O economista-chefe da instituição, Carlos Kawall, disse que o reajuste não alterará a projeção do banco para o IPCA do ano, de 5,3%.

– Já esperávamos um novo aumento e, da última vez que o gás de botijão foi aumentado pela Petrobras, os efeitos nos preços ao consumidor não tiveram a intensidade esperada -explicou.

A previsão para junho deve ser alterada, disse Kawall. Mas o economista está confiante na trajetória da inflação. Ele previa 0,47% para o IPCA-15 de maio. A taxa, divulgada nesta terça-feira, ficou em 0,42%.

O resultado, segundo ele, reforçou a convicção de que o governo poderá cumprir a meta de 3,5% – com margem para 5,5% – estabelecida para o IPCA do ano. Em maio, o índice deve ter ficado de 0,20% a 0,30%, segundo a sua projeção.