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Apurar o custo do produto é chave para formar o preço

Guarulhos, 27 de maio de 2002

arteO segredo da competitividade está em saber ?apurar? o custo para formar o preço final do produto. É neste ponto crucial que a maioria das micro e pequenas empresas falham e, portanto, não conseguem se sustentar no mercado. Outro fator fundamental para o bom desempenho é o investimento no marketing da marca do produto, que consolida a presença da empresa e do seu produto no mercado.

“Desde 1996, dois anos depois do Plano Real, quando o mercado começou a formar memória histórica de quanto custa cada produto ou serviço, os raciocínios de formação de preço e obtenção de lucro mudaram”, explicou o professor Antônio Jesus Cosenza, do departamento de marketing da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Eaesp).

Antes do Plano, lançado em 1994, o preço final era calculado a partir de custo mais margem de lucro que a empresa pretendia obter. “A inflação era enorme e não havia referência de preços no mercado”, disse Cosenza.

Ele acrescenta que, depois do Plano, quando o mercado formou referência de preços (o consumidor já sabe se um produto vale o que está sendo pedido), o raciocínio para obter lucro mudou. Então, o cálculo é feito da seguinte forma: margem de lucro > preço (aceito pelo consumidor) – o custo do produto.

Segundo o professor da FGV-Eaesp, este é o “X” da questão. O micro e pequeno empresário tem que saber formar o menor custo para ganhar em margem, tornando-se competitivo. “O preço não é só formado pelos custos diretos, têm que ser somados os custos indiretos também. Muitos esquecem isso”, explicou Cosenza. (ver matéria abaixo).

“Depois do Plano Real, o empresário começou a pensar: ou sou competitivo ou não lucro”.

Érica Polo