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Brasil e China iniciam negociações

Guarulhos, 02 de abril de 2002

O ministro Sérgio Amaral comemorou ontem o sucesso das primeiras negociações com autoridades chinesas, no primeiro dia da missão oficial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior à China. Em vários temas, houve decisões ou sinalizações positivas das autoridades chinesas. “Queremos partilhar com a China uma visão ampla de abertura comercial, queremos fazer com ela uma parceria estratégica”, afirmou Sérgio Amaral, ao realizar o primeiro balanço das atividades da comitiva. “Queremos também partilhar das discussões sobre a nova ordem internacional”, completou.

Os Governos da China e do Brasil acertaram que a missão dos dois países em Genebra vai trabalhar em conjunto para derrubar ações de protecionismo. A China é a maior vítima do protecionismo comercial, afirmou o ministro-chefe da Comissão de Desenvolvimento e de Planejamento Estatal chinês, Zeng Peiyan. Ele é o correlato de Amaral no Governo chinês. “Estou muito preocupado com isso, pois os países ricos pregam o que não fazem”, completou Amaral.

O encontro com Peiyan foi o primeiro de uma série de quatro reuniões técnicas e políticas que aconteceram domingo em Pequim. Amaral reuniu-se também com empresários brasileiros e chineses fabricantes de aviões e de medicamentos genéricos, além de sojicultores e pecuaristas.

Depois, o ministro encontrou-se com a vice-ministra da Administração Estatal para Supervisão da Qualidade e Inspeção e Quarentena, Wang Fenqging, para tratar de temas como a facilitação da exportação de soja do Brasil para a China e o início das conversações sobre um acordo sanitário que possibilite ao Brasil exportar carne de frango e de boi para os chineses.

No início da noite, Amaral reuniu mais de 200 empresários e líderes setoriais chineses para uma palestra na qual mostrou os índices macroeconômicos brasileiros e as áreas de interesse para investimentos estrangeiros. O ministro quer que os chineses invistam, principalmente, em agroindústria. Ele segue hoje para Xangai, onde participa da abertura da Feira de Negócios Brasileira, com 75 estandes e mais de 120 empresários brasileiros.