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Brasil pode tornar-se líder dos emergentes

Guarulhos, 19 de março de 2002

O Brasil pode tornar-se um líder dos países emergentes no esforço global em prol do desenvolvimento, na opinião do economista norte-americano Jeffrey Sachs. Para ele, o Brasil tem mais o perfil de um doador do que receptor de ajuda, especialmente em termos de tecnologia e programas, como as bem-sucedidas iniciativas do País contra a aids.

“As nações africanas estão olhando para o Brasil, atrás de orientação e sugestões”, afirmou Sachs. Ele observou que o Brasil também é um líder em tecnologia agrícola e em produtos geneticamente modificados, apesar da polêmica mundial em torno do assunto.

Para Sachs, o País demonstrou capacidade de liderança na questão das patentes e medicamentos, onde uma declaração favorável à posição brasileira foi obtida na reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Doha.

A decisão americana de proteger a indústria siderúrgica por três anos foi consderada “cínica” por Sachs. “Este foi um sinal muito ruim”, disse o economista. Sachs disse esperar que o “mundo proteste vigorosamente”, e que a decisão americana é “inaceitável”.

Para Sachs, os Estados Unidos colocaram os interesses dos aposentados de West Virginia (um Estado com forte presença da indústria siderúrgica) na frente do sistema multilateral de comércio.

Fernando Dantas