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Gol compra três aviões para operar nova ponte aérea

Guarulhos, 26 de dezembro de 2001

A Gol Transportes Aéreos se prepara para aumentar de tamanho em 2002. A companhia aérea encomendou três Boeings 737-700, que serão entregues entre o final de janeiro e começo de fevereiro. Com a assinatura de mais três contratos de leasing de avião, a frota da companhia passará a contar com 13 aeronaves 737-700.

Segundo o vice-presidente técnico da Gol, David Barioni Neto, as novas aeronaves serão usadas na ponte aérea Rio-São Paulo (Santos Dumont-Congonhas), linha considerada o “filé” da aviação nacional.

A nova rota deve começar a ser operada a partir de janeiro. A Gol entrou no Santos Dumont em novembro, com vôos ligando o Rio a Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES) e Campinas (SP). Até então, as operações da Gol estavam restritas ao aeroporto do Galeão.

Os planos de crescimento da Gol para os próximos dois anos vão além do Santos Dumont. Uma das metas da companhia é ampliar o tamanho da frota para 30 aeronaves. Desse total, a Gol espera que 50% correspondam a aviões próprios e 50% sejam leasing.

Para que essa meta seja alcançada, a Gol começará a investir recursos na aquisição de aeronaves próprias. Os 10 Boeings da frota atual e os três que chegarão no começo do ano serão adquiridos por meio de leasing. A empresa ainda não tem nenhum avião próprio.

Barioni Neto garante que o início das operações da ponte aérea Santos Dumont-Congonhas não vai canibalizar os vôos que ligam São Paulo ao Rio por meio do Galeão.

“São mercados diferentes. A rota para o Galeão está com uma ocupação de 98,6% e atende quem vai para a Tijuca e zona norte do Rio. O vôo para o Santos Dumont pegará outra faixa de público, das pessoas que precisam chegar a um aeroporto central”, disse.

Além da ponte aérea, a Gol _que voa hoje para 16 cidades_ vai aproveitar os novos aviões para intensificar a frequência das rotas existentes, principalmente aquelas que ligam os aeroportos centrais ao Nordeste. A estratégia da companhia é aproveitar o vácuo deixado pela Transbrasil no mercado brasileiro.

“A Transbrasil deixou de atender muitos mercados e a Gol pretende se fortalecer nos locais que ficaram desassistidos”, disse Barioni.

Segundo ele, a Gol fechará o ano transportando 2 milhões de passageiros. Com esta marca, a companhia antecipa em um mês sua meta de volume de passageiros transportados. “Esperávamos alcançar esse número apenas em janeiro.”