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Tabela do IR entra em discussão

Guarulhos, 15 de agosto de 2001

Deputados querem aliviar empresários e a classe média

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara começa hoje a analisar a correção da tabela do Imposto de Renda, congelada há seis anos, prejudicando a classe média. Entra em discussão também o fim das cobranças cumulativas do PIS e da Cofins, que são cobrados em cascata sobre faturamento ou receita bruta das empresas.

O relatório do deputado Pedro Novais (PMDB-MA) sugere a ampliação do número de alíquotas do IR, mas define em 35% a alíquota daqueles que ganham acima de R$ 4 mil. Os deputados Pedro Eugênio (PPS-PE) e Ricardo Berzoini (PT-SP) vão apresentar sugestão mais amena, que admite alíquota de 35%, mas para quem ganha acima de R$ 9 mil.

Novais elaborou seu relatório com o objetivo de proporcionar a correção da tabela sem fazer com que o Governo perca receita. Ele reconhece que um salário de R$ 4 mil não é tão alto, mas, de acordo com o deputado, foi a única forma de equilibrar os dois lados: carga tributária e poder de arrecadação. “Noventa por cento dos contribuintes, na faixa dos que ganham até R$ 4 mil, serão beneficiados”, diz Novais.